
Adeus a Manga: Lenda do Botafogo é Homenageada em Velório
Hoje, a manhã em General Severiano foi dedicada a uma despedida emocionante. O corpo de Haílton Corrêa de Arruda, carinhosamente conhecido como Manga, foi velado na sede do Botafogo, um clube que ele elevou a patamares incríveis. E o melhor? Eles montaram uma exposição com taças e um molde das mãos do ídolo, em uma homenagem mais que justa.
Um Ídolo se Despede
Manga nos deixou ontem, dia 8, e sua história vai muito além do Botafogo. Ele também fez história em times como Internacional e Nacional, do Uruguai, sem contar sua passagem pela seleção brasileira. Aqueles que jogaram ao seu lado, especialmente da geração que conquistou o Carioca de 67, estiveram presentes para prestar suas últimas homenagens. Entre os visitantes, estavam Moreira (lateral), Carlos Roberto (volante), Arlindo e Afonsinho (meias), além de Paulo César Caju (meia-atacante).
Moreira, com os olhos marejados, não hesitou em falar sobre a grandeza do amigo: “Manga é a história do futebol! Ele jogou com o coração aberto e superou muitas dificuldades. Era um lutador que deu tudo pelo Botafogo.”
Lealdade e Amizade
Afonsinho também relembrou momentos especiais: “Quando cheguei ao Botafogo, ele estava lá, treinando conosco depois de uma excursão. O Manga, com toda a simplicidade, tinha uma inteligência fora do comum e respirava futebol 24 horas por dia.”
A presença de Durcesio Mello, ex-presidente do Botafogo, só reforçou o impacto que Manga teve não só no campo, mas também na vida das pessoas ao seu redor: “Ele é o maior vencedor do Botafogo, com 20 títulos, e uma pessoa maravilhosa. Passamos ótimos momentos assistindo jogos juntos.”
Legado Indelével
Nos últimos tempos, Manga morou em um apê na Zona Oeste do Rio, que foi alugado por Durcesio. Antes, em 2020, ele havia retornado ao Brasil e se instalado no Retiro dos Artistas. Durcesio fez uma menção importante: “Ainda que não tenha deixado muitos recursos, sempre tentei ajudar. Era o mínimo que eu poderia fazer por um ídolo.”
Para Joel Carli, ex-jogador e atual Coordenador de Futebol do Botafogo, essa não será a última vez que lembramos de Manga: “Estamos aqui prestando homenagem ao nosso ídolo, que deixou um enorme legado para a torcida e para o clube. Essa é a última despedida presencial, mas o clube seguirá celebrando sua memória.”
Recordações Emocionantes
Dentre os itens expostos, estava o molde das mãos de Manga — que, por não usar luvas, eram marcadas por fraturas de tantos desafios em campo. As taças conquistadas, incluindo os Cariocas de 1961, 1962 e 1967 e da Taça Brasil de 1968, também estavam em destaque no ginásio.
Com as bandeiras do Botafogo e do Brasil cobrindo o corpo, a cerimônia terminou com uma reza e um canto do hino do Glorioso, relembrando a importância do ex-goleiro.
Manga foi titular da seleção brasileira na Copa de 1966 e construiu uma carreira brilhante. Ele se destacou em várias competições, sendo bicampeão brasileiro pelo Internacional e conquistando quatro títulos do Campeonato Uruguaio pelo Nacional, além de uma Libertadores e um Intercontinental em 1971.
“Ele foi um gigante, o maior goleiro da história do futebol brasileiro,” declarou Durcesio, reafirmando o impacto que Manga teve não só na vida dos torcedores, mas também na história do futebol brasileiro. A trajetória desse ícone nos ensina que a paixão pelo futebol vive eternamente nas memórias e corações de quem ama o jogo.
Vamos seguir celebrando suas conquistas e mantendo viva a sua memória.
Fonte: UOL - Velório de Manga tem ex-parceiros de Botafogo e molde das mãos em exposição