Grupo LGBTQ+ leva denúncia de homofobia ao STJD: cantos de torcedores palmeirenses

O Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+ não ficou em silêncio diante de um ato homofóbico e decidiu enviar uma denúncia ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). A reclamação é sobre cânticos ofensivos que parte da torcida do Palmeiras entoou na direção do jogador corintiano Romero.

O que aconteceu?

O coletivo enviou um documento ao STJD pedindo que medidas sejam tomadas. Nele, eles afirmam: “Solicitamos que medidas cabíveis sejam tomadas, conforme prevê também a legislação nacional, buscando identificar e punir os responsáveis pela prática de LGBTfobia narrada nesta denúncia.” A ideia é que um procurador do STJD faça a denúncia, iniciando assim o processo legal sobre o caso.

Como evidência do ato discriminatório, foi anexado um vídeo mostrando torcedores gritando “Romero v***do” enquanto o jogador se aquecia para a partida no último sábado, em Barueri, onde apenas a torcida do Palmeiras estava presente.

As regras estão aí para serem cumpridas

O Regulamento Geral das Competições (RGC) da CBF deixa claro: os clubes são responsáveis pelo comportamento de seus torcedores. Isso inclui manifestações homofóbicas, que são totalmente condenadas. Para você ter uma ideia, em 2023, o STJD já puniu o Corinthians com a perda de um mando de jogo (com os portões fechados) por causa de cânticos homofóbicos da sua torcida em um jogo contra o São Paulo.

E agora, o que o STJD tem a dizer?

A coluna entrou em contato com a assessoria do STJD para saber se eles já receberam a denúncia e se vão tomar alguma providência. Porém, até a hora de finalizar este post, não tivemos resposta. O espaço continua aberto para qualquer manifestação do órgão.

E o Palmeiras?

Já o departamento de comunicação do Palmeiras afirmou que não sabia da denúncia e reforçou uma posição que haviam manifestado anteriormente. Aqui está o que eles disseram:

“O Palmeiras repudia toda e qualquer forma de preconceito e, como é de conhecimento público, segue comprometido com o combate à discriminação. O clube promove constantes campanhas de conscientização sobre o tema, vem cobrando das autoridades punições mais severas e toma todas as providências que lhe cabem, de modo a coibir práticas inaceitáveis como homofobia, racismo e xenofobia, entre outras.”

Um adeus da coluna

Este post também marca o último trecho dessa coluna, que foi criada em 2010. Um enorme agradecimento a todos os leitores e fontes que ajudaram a torná-la um espaço especial. E claro, uma menção aos colegas do UOL que sempre colaboraram!

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