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·Fernando del Cantão·

Apostadores Acreditavam no Cartão de Bruno Henrique, Revela PF

Uma Conversa Suspeita

Recentemente, a Polícia Federal trouxe à tona algumas conversas que revelam um cenário bem curioso envolvendo o jogador do Flamengo, Bruno Henrique, e seu irmão, Wander Nunes Pinto. De acordo com o relatório da PF, os dois tinham uma certeza absurda de que Bruno levaria um cartão amarelo na partida contra o Santos, durante o Campeonato Brasileiro de 2023.

Um detalhe interessante? Os apostadores também estavam na mesma sintonia, mostrando que a expectativa de punição era bastante forte.

O Relatório da PF

Na documentação apresentada, a PF menciona que a defesa de Bruno tinha argumentado que o jogador precisaria de um certo “sangue-frio” para esperar até os acréscimos do segundo tempo para realizar essa suposta “trapaça”, temendo inclusive que a partida pudesse acabar antes desse evento acontecer.

Mas as conversas entre Bruno e Wander sugerem firmeza sobre o fato de que o cartão realmente viria. Isso ficou ainda mais evidente com as apostas feitas por amigos e familiares de Wander, como o relatório destaca.

Principais Lances do Jogo

Os investigadores também analisaram a partida e destacaram quatro lances específicos que poderiam resultar em um cartão amarelo para Bruno. Com imagens da Globo, eles notaram:

  • Cinco minutos do segundo tempo: Bruno e Gabigol reclamam fortemente com o árbitro, mas apenas Gabigol é punido.
  • Dezoito minutos: Bruno faz uma falta considerada punível com cartão, mas o juiz, Rafael Klein, decide não sancioná-lo.
  • Quatro minutos depois: O jogador continua a reclamar.
  • Aos 35 minutos: Bruno derruba um adversário e chuta a bola para longe, sendo essa uma ação típica para receber um cartão.

Conversas Reveladoras

No meio da partida, Wander também teve um bate-papo com outro apostador, Claudinei Bassan:

  • Wander: “Já era para ter dado e tá nessa porra aí?”
  • Claudinei: “Deve tomar agora?”

Essa troca de mensagens deixou claro para a PF que eles estavam cientes de que Bruno Henrique provavelmente receberia o cartão.

Outra conversa entre Bruno e Wander revelou que ele estava ciente das apostas e, inclusive, emprestou dinheiro ao irmão na esperança de ser pago de volta quando o ‘bloqueio’ fosse liberado.

Além disso, as gravações de outros apostadores mostraram que eles estavam preocupados com o bloqueio de suas apostas em plataformas como a Betano, devido a suspeitas de manipulação.

Consequências e Indiciamentos

Bruno Henrique foi indiciado pela PF por fraude em evento esportivo e estelionato. Seus irmão Wander, e mais nove pessoas, também enfrentam acusações conforme o artigo 171 do Código Penal.

Até o momento, a defesa de Bruno não se manifestou sobre o caso, mas o jogador já se declarou inocente em entrevistas passadas. O Flamengo também se pronunciou, enfatizando a importância da presunção de inocência.


Esse caso levanta uma série de questões sobre a integridade no esporte e a ética nas apostas. É bom ficar atento, não é mesmo?

Fonte: UOL - Apostadores tinham certeza de cartão de Bruno Henrique, relata PF

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