
Novo presidente da CBF: Desafios e polêmicas logo no início
Um novo começo cheio de questões
Em agosto de 2022, enquanto Tite ainda estava à frente da seleção, Samir Xaud recebeu um alerta sério: uma intimação relacionada a um processo movido pelo Tribunal de Contas do Estado de Roraima (TCE-RR). O que parecia um simples detalhe logo se transformou em um grande drama, culminando em uma ação por improbidade administrativa no Tribunal de Justiça do estado (TJ-RR). Agora, com a eleição de hoje para a presidência da CBF, a conduta de Samir está sendo colocada em xeque.
O que está em jogo?
A questão central envolve uma acusação de dano ao erário público – ou seja, prejuízos para o patrimônio do estado – que gira em torno da casa de R$ 1,38 milhão. O Ministério Público de Roraima (MP-RR) está por trás disso tudo, e a ação ainda está em trâmite, sem um desfecho à vista. E o curioso é que Samir, que é o único candidato à presidência, entrou nesse rolo de réus por motivos que vão além de um simples erro administrativo.
Um pouco do passado
Até 2018, Samir era o diretor geral do Hospital Geral de Roraima (HGR). A defesa dele garante que ele está innocent, mas a situação é complexa. A investigação foi bem a fundo, analisando contratos da Secretaria Estadual de Saúde com a Cooperativa Brasileira de Serviços Múltiplos de Saúde (Coopebras). Segundo as denúncias, pagamentos de plantões médicos e procedimentos teriam sido feitos sem a devida legalidade. Uma verdadeira bagunça!
- O que envolve essa confusão?
- Pagamentos por plantões, exames e cirurgias sem um contrato que os respaldasse.
- Aluguéis de salas e equipamentos médicos também foram mencionados sem justificativa.
- Um relatório de 2021 levantou questões sobre se realmente ocorreram os procedimentos.
O que o MP revelou?
Durante a investigação, o MP descobriu que 29 médicos da Coopebras receberam pela realização de procedimentos que, na real, não tinham cobertura legal. A Secretaria de Saúde somente poderia pagar por duas modalidades: plantões de 12 horas ou carga horária, mas surgiram pagamentos por itens fora dessa lista.
As consequências
O Ministério Público acabou apontando para duas figuras-chave: Vanusa Lopes da Silva e Elinalda da Silva Oliveira, que eram fiscal do contrato e gestora, respectivamente. A acusação é de que elas fiscalizaram mal e até fraudar documentos! O MP disse que as duas admitiram que não fizeram seus deveres corretamente.
Além disso, outros diretores do hospital também foram puxados para o banco dos réus. O MP acredita que a irresponsabilidade deles possibilitou um furto ao erário, já que as necessidades dos médicos não estavam bem alinhadas aos serviços prestados e pagos.
A defesa de Samir
Embora Samir não tenha se manifestado formalmente sobre o caso, sua defesa garante que não há qualquer indício de irregularidade em sua atuação. Além disso, afirmam que todas as certidões do Tribunal de Contas do Estado estão limpas – sem pendências ou restrições.
E quanto à questão da tentativa de regularizar uma propriedade em área de proteção ambiental? Os advogados de Samir garantem que não há nenhum processo em nome dele relacionado a isso.
O futuro em jogo
O desafio de Samir Xaud como presidente da CBF começa com esse histórico carregado de polêmicas. O mandato que se inicia hoje vai até 2029, e a pressão sobre ele será enorme. A pergunta que não quer calar é: será que ele conseguirá lidar com tudo isso e ainda fazer um bom trabalho à frente da confederação? Vamos acompanhar os próximos passos dessa história!
Fonte: UOL - Novo presidente da CBF chega ao cargo questionado em ação por improbidade