
Oposição Europeia ao Mundial de Clubes: uma Questão de Futebol Colonizador
Introdução: O Que Está Rolando?
Então, galera, a gente tá vendo um movimento crescente na Europa contra o Mundial de Clubes. Essa resistência tá vindo de várias frentes: ligas nacionais, associações de jogadores e, claro, uma parte da mídia. No fundo, tudo gira em torno de uma treta entre ligas como a Premier League e a La Liga com a FIFA sobre a agenda dos jogos.
O Que Está em Jogo?
A parada é tão séria que já rolou até um processo das ligas questionando a autoridade da FIFA em decidir o calendário de jogos no mundo. O grande opositor dessa competição é o presidente da La Liga, Javier Tebas, que tá claramente preocupado com os impactos econômicos na sua liga. Ele fala sobre o cansaço dos jogadores, mas no fundo, a questão é manter o controle.
O Status Quo e seu Contexto Histórico
Mas o que é esse status quo que eles tanto querem preservar? Vamos lá... é um modelo que lembra os velhos tempos de colonização. Assim como os europeus se aproveitaram das riquezas das Américas e da África, os clubes europeus estão comprando jogadores baratos da América do Sul e da África, e usando isso para montar os campeonatos mais hypados do mundo, tipo na Inglaterra, Espanha e Itália.
Esses clubes lucram absurdamente com a venda de um “produto premium” para o mercado global, cobrando milhares de euros a mais do que o que investiram nos jogadores. A Premier League, por exemplo, já ganha mais da metade da sua grana de direitos de TV de fora do Reino Unido. E a La Liga não fica atrás, também fazendo uma boa grana lá fora, mirando especialmente no mercado dos EUA.
Javier Tebas e Seus Contratos na Arábia Saudita
E não dá pra esquecer do Javier Tebas, que reclama do cansaço dos jogadores, mas leva os principais times da liga para jogar na Arábia Saudita em troca de contratos bombásticos. Legal, né?
O Que o Mundial da FIFA Traz de Novo?
O Mundial da FIFA pode não derrubar esse sistema, mas traz uma nova perspectiva: uma exposição global para todos os clubes, não só os europeus. E convenhamos, isso tá colocando em risco a imagem de “NBA” das ligas europeias e até da Champions League. Clubes como Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras estão se destacando, ganhando de times europeus. Isso faz os torcedores do mundo todo verem que a superioridade europeia pode não ser assim tão inatingível.
Além disso, esse torneio pode trazer receitas maiores para clubes de várias partes do mundo, como da América do Sul, África e até dos EUA.
Mudanças à Vista?
Isso tudo levanta um ponto importante: e se o mundo começar a valorizar mais clubes brasileiros e argentinos, reconhecendo suas festas e querendo comprar seus produtos? E se, com isso, esses clubes conseguirem manter seus talentos e criar ligas que rivalizem com as europeias? Olha, o Brasileirão já é considerada uma das cinco ou seis melhores ligas do mundo!
A verdade é que o mercado de direitos de transmissão é limitado. Se novos campeonatos entrarem nessa dança, tanto a La Liga quanto a Premier League podem sair perdendo.
A Verdade por Trás das Ações
No fundo, o que muitos dirigentes europeus estão fazendo é proteger seu próprio bolso e seu modelo colonialista sob o pretexto de defender os jogadores. O Mundial da FIFA pode não ser perfeito — ainda depende de injeções de grana da DAZN e do PIF, por exemplo — e o Gianni Infantino, presidente da FIFA, não é nenhuma alma caridosa por trás disso tudo. Ele também tem seus interesses comerciais e políticos, especialmente quando se trata de desafiar a UEFA com uma nova Champions League.
Conclusão: Uma Nova Era?
Mas aqui tá o ponto: o novo Mundial tem o mérito de questionar a visão eurocêntrica do futebol. É um modelo que vê o resto do mundo como uma grande colônia do grande futebol europeu. E é isso que realmente incomoda as ligas e parte da mídia no continente.
Então, o que vocês acham? O Mundial de Clubes pode mudar a dinâmica do futebol? Vamos ficar de olho nisso!
Fonte: UOL - Críticas europeias ao Mundial de Clubes defendem futebol colonizador