Vai de Bet: A Polícia Fecha o Cerco e Indicia Ex-Diretor do Corinthians

O que rolou

A Polícia Civil de São Paulo finalmente concluiu a investigação sobre as fraudes no contrato de patrocínio entre o Corinthians e a Vai de Bet. Depois de mais de um ano de muitas reviravoltas, a bola da vez é o ex-diretor jurídico do clube, Yun Ki Lee, que foi indiciado por omissão imprópria.

O que a polícia descobriu

No relatório que fecharam, os investigadores afirmam que Yun sabia de inconsistências nas informações da empresa Rede Social Media Design — a intermediária do contrato. E, mesmo assim, decidiu relaxar e não tomar nenhuma providência, permitindo que o acordo fosse assinado.

Parece que Yun se colocou como responsável pelo chamado “background check” da empresa, mas isso deveria ter sido tarefa de outra área do clube. E, mesmo com tantos sinais de irregularidade, ele simplesmente se omitiu.

O esquema do patrocinador

A tal empresa Rede Social Media Design, de Alex Cassundé, foi adicionada ao negócio para facilitar o desvio de grana do Corinthians. O que se suspeita é que o dinheiro desse contrato, que seria pago em 36 parcelas, ajudou a financiar a campanha de Augusto Melo para a presidência do clube.

No dia 22 de maio, Augusto Melo, que foi afastado do cargo, e mais três ex-dirigentes — Marcelo Mariano (ex-diretor administrativo), Sérgio Moura (ex-superintendente de marketing) e o intermediário Alex Cassundé — também foram indiciados.

O próximo passo

Agora, o Ministério Público tem 15 dias para analisar tudo isso e decidir como vai proceder: apresentar uma denúncia, solicitar novas investigações ou até mesmo pedir o arquivamento do caso.

Investigação financeira e novas descobertas

A tal investigação financeira revelou que uma parte do dinheiro desviado iria parar na conta da UJ Football Talent, que tem ligação com o PCC. Além disso, descobriram uma verdadeira rede de empresas fachada envolvidas nesse esquema, algumas conectadas a atividades criminosas.

Os investigadores suspeitam que esse repasse de dinheiro tenha sido, mesmo que parcialmente, um pagamento para a campanha de Augusto Melo. Isso levanta um alerta: será que o patrocínio foi usado como uma fonte secreta de recursos eleitorais dentro do Corinthians?

Dada a gravidade dessas constatações, a Polícia Civil informou que novas investigações específicas vão rolar para aprofundar a possível participação do crime organizado no esquema de desvio de verba do clube paulista.

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