
Como o Acordo da "Nova Liga" do Brasileiro Reformula as Negociações e Cotas de TV
O que rola com a Nova Liga?
Então, a Liga Forte União e a Libra estão batendo um papo e já elaboraram um documento de pré-acordo pra tratar das mesas redondas sobre os direitos de TV e marketing. Esse acordo, que dá um baita foco na parte comercial, também quer unir forças pra organizar o Campeonato Brasileiro.
Aqui no blog, conseguimos uma cópia do MOU (Memorando de Entendimento) que tá rolando entre os clubes e que apresenta as diretrizes pra essa nova Liga.
Clubes em Disputa
Mas, claro, nem todo mundo tá nessa vibe de união. Flamengo, Corinthians e Palmeiras estão fazendo um pé de guerra e decidiram não assinar o acordo desse jeito. O Flamengo e o Corinthians estão questionando essa conversa comercial que tá sendo puxada agora. Já o Palmeiras acredita que o MOU não vale nada se não tiver uma união verdadeira entre os clubes.
A Nova Liga em Números
O documento propõe que Libra e o Condomínio Forte União se unam pra criar a tão falada Nova Liga. Entre os objetivos desse novo contato, temos:
- Acordo de cooperação para a criação da Nova Liga.
- Compromisso de negociação conjunta de direitos de TV e propriedades comerciais.
- Criação de um comitê com quatro membros de cada lado pra organizar a Liga e fazer a representação dos clubes.
Os princípios da Nova Liga incluem, entre outras coisas, fair play financeiro e referências a ligas de elite da Europa. A intenção é que tudo fique pronto em seis meses.
O foco maior, porém, tá na negociação conjunta dos direitos entre 2030 e 2039. Se a Liga não rolar, os clubes continuarão na obrigatoriedade de negociar em conjunto seus direitos.
O que Diz o MOU?
O MOU é bem claro:
“As disposições desta cláusula 5 (compromisso de negociar direitos) vigorarão pelo prazo deste instrumento e, na hipótese de não constituição da Nova Liga, sobreviverão a este Memorando pelo prazo mínimo da Negociação Conjunta, isto é, até a Temporada de 2039 (inclusive)".
E não para por aí! Os clubes estão proibidos de fazer negociações paralelas por seus direitos. A ideia é que uma agência ou consultores, escolhidos pelo comitê, fiquem responsáveis por essa tarefa.
Prioridade de Investidor
Agora, se a Nova Liga avançar, ela terá que priorizar um único investidor pra eventuais vendas fracionadas dos direitos dos clubes. Se um time quiser negociar uma parte, vai ter que avisar à Liga.
Um detalhe curioso é que a Sports Media Entertainment já tá dentro do Condomínio da LFU por ter comprado uma fração dos direitos de TV até 2074. Eles têm investidores de peso, como a LCP Partners e o fundo General Atlantic.
Propriedades na Mesa
Dentre as propriedades listadas que os clubes estão cedendo pra negociação conjunta, temos:
- Direitos de áudio e vídeo, em qualquer tipo de mídia.
- Propriedades de campo (placas).
- Produtos de realidade virtual.
- Ações de marketing ligadas aos jogos.
- Games de fantasy e videogames.
- Licenciamento pra exploração de apostas, exceto os direitos de Betting.
- Imagens e símbolos dos atletas pra marketing da Liga.
Dividindo a Grana
O MOU também toca na distribuição do dinheiro que vier da venda dessas propriedades, mas algumas questões ainda estão em aberto. Em resumo, a divisão seria de 85% da receita pra Série A e 15% pra Série B.
Depois disso, temos três critérios para a divisão:
- 40% igualitário.
- 30% com base na performance no Brasileiro.
- 30% pela audiência.
Essas porcentagens já estão na prática em contratos atuais da LFU e Libra. O porém fica por conta das regras que vão definir cada um desses critérios.
Performance em Números
Pra performance, o MOU já deixou uma divisão por posições:
- 1ª posição: 9,5%
- 2ª posição: 9,1%
- 3ª posição: 8,6%
- E assim sucessivamente, até que os quatro últimos ganhem 1,25% cada um.
Já quanto à audiência, a regra ainda tá sendo definida.
E as Placas?
As placas e outras propriedades comerciais? O MOU também deixou um pé atrás quanto à divisão. A estratégia vai ser estabelecida em “comum acordo”. E a gente fica sem saber como será feita a votação pra decidir esses valores.
O que se sabe é que os contratos de placas estão subindo, e cada clube tem um acordo diferente, resultando em grandes variações no pagamento pelos jogos em casa.
Um Limite!
E pra finalizar, foi estabelecido que não pode haver uma diferença maior do que 3,5 vezes entre o clube que mais arrecadar na Nova Liga e aquele que menos ganhar.
Então, as coisas estão esquentando no mundo do futebol brasileiro e, com essas mudanças, a expectativa é alta para ver como será essa nova fase nas negociações e nas cotas de TV. Vamos acompanhar de perto!
Fonte: UOL - Como acordo da 'Nova Liga' do Brasileiro muda negociação e cotas de TV