
A Condenação do Ex-Diretor do Inter: Um Marco na Luta pela Integridade no Futebol
O Que Rolou?
Nesta terça-feira (5), a Justiça do Rio Grande do Sul deu um recado forte ao mundo do futebol: Emídio Marques Ferreira, que foi vice-presidente de Patrimônio do Internacional entre 2015 e 2016, foi condenado a 10 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, por estelionato (209 vezes!) e organização criminosa. Isso tudo aconteceu durante seu tempo no cargo, e o cara ainda vai ter que indenizar o Colorado em R$ 607 mil por um esquema de desvios de verbas! Essa decisão não é apenas um caso isolado, mas sim uma consequência da Operação Rebote do Ministério Público (MP-RS), que investigou várias irregularidades na gestão do clube naquela época.
O Rolê dos Desvios
De acordo com a investigação, Emídio, junto com Vitorio Piffero, ex-presidente do Inter, e Pedro Affatato, ex-vice-presidente de Finanças, desviaram mais de R$ 13 milhões dos cofres do clube. A acusação? Estelionato por pagamentos indevidos relacionados a obras que nunca foram feitas em lugares importantes como o Estádio Beira-Rio, o Gigantinho e o Centro de Treinamento.
Um Recado para o Futebol
Embora a sentença ainda possa ser contestada, especialistas acreditam que ela traz uma mensagem poderosa. O advogado esportivo Andrei Kampff ressalta a importância de os clubes profissionalizarem suas gestões e implementarem mecanismos de conformidade interna. Ele lembra que o futebol brasileiro demorou para perceber a necessidade de se proteger da corrupção.
"O cerco se fechou e a vigilância aumentou. Com leis e regras, podemos banir dirigentes irresponsáveis e punir crimes na Justiça Comum. Investir em integridade não é só questão de moral, é uma questão de sobrevivência no esporte", afirma Kampff.
O Que Mudou na Prática?
O caso é notável porque começou internamente, com o clube auditorias nas contas e exercendo sua autoridade ao expulsar os diretores envolvidos em atos ilícitos. Os documentos que apontavam para as irregularidades foram enviados ao Ministério Público, o que também é visto como uma vitória da democracia dentro do esporte.
Opiniões de Especialistas
O advogado Rodrigo Carril, que entende tudo sobre compliance, fala que, apesar de ainda haver espaço para apelações, essa condenação é um sopro de esperança para quem defende a moralização no esporte brasileiro.
"É importante lembrar que o esporte não pode ser um espaço livre das regras de proibição que seguimos em outras áreas da vida. Esse movimento precisa de mudança, e está acontecendo, devagar, mas tá!", diz Carril.
Consequências para os Envolvidos
Outros ex-dirigentes não escaparam da justiça. Vitorio Piffero e Pedro Affatato também foram condenados. Piffero pegou 12 anos e três meses por estelionato e lavagem de dinheiro, enquanto Affatato recebeu uma pena impressionante de 76 anos e um mês. Esse último foi responsável por desvios que incluíam até uma viagem de cruzeiro. Além deles, quatro outros indivíduos foram condenados com penas variando de quatro a 62 anos.
O Que Disse Emídio?
A defesa de Emídio Ferreira se manifestou rapidamente e disse que receberam a condenação com tranquilidade e que já estão preparando um recurso.
"Seguimos confiantes na Justiça", afirmaram.
Em Resumo
Esse caso não é só sobre punição, mas também sobre a importância da transparência e responsabilidade no mundo do futebol. O recado está claro: a integridade deve ser uma prioridade, e essa condenação pode marcar o início de uma nova era para a Gestão de clubes no Brasil.
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Fonte: UOL - Condenação de ex-dirigente do Inter reforça compromisso da integridade