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·Fernando del Cantão·

Marcos, Neymar e a Dificuldade de Ter Ídolos no Futebol

A verdade é que, semana após semana, é quase impossível escapar de episódios de misoginia, racismo e homofobia no futebol. Aqueles que estão no controle da cena futebolística adoram lembrar quem é bem-vindo e quem não é.

Episódios de Violência e Preconceito

Casos como a postagem homofóbica de Vitor Roque e o soco que Paulo Vitor deu em Diego, após ser chamado de "macaco", são só a ponta do iceberg. Esses momentos ganham destaque, mas a violência acontece todos os dias. É um ciclo que parece interminável.

E o mais complicado? Muitas vezes, a gente acaba se decepcionando com quem admiramos. O que mais dói é que essas desilusões muitas vezes não envolvem nem os novatos no jogo, mas sim os veteranos consagrados, como Marcos e Neymar. Esses caras têm uma enorme influência, tanto na mídia quanto no coração dos torcedores. E com esse privilégio, espera-se responsabilidade. Mas, pelo visto, isso não está na agenda deles.

Atitudes Problemáticas dos Ídolos

Hoje mesmo, o ídolo palmeirense me fez revirar os olhos com um post no Instagram. Ele mandou um recado para o jornalista Rogério Barolo, que estava criticando Neymar em uma mesa-redonda. O que ele disse? “Logo você, Barolo, que vive de xingar todo mundo no seu canal, vem chamar o outro de homofóbico? Vitor Roque apagou, mas eu vou deixar aqui, vai lacrar com sua laia, vai? Zoeira de futebol, fica aí rotulando o cara, se não aguenta, comenta jogo de peteca.” Neymar, em vez de ponderar, se divertiu e comentou com emojis de risada e palmas: “Você é o melhor”.

E assim fica aberta a porta para todo tipo de preconceito disfarçado de "zoeira". Não importa que muitos grupos e indivíduos LGBTQIA+, junto com seus aliados, tenham manifestado sua indignação em relação à homofobia desse post. A grande mídia já deixou claro que isso foi um episódio homofóbico, e ainda assim, nada disso parece fazer com que eles reflitam.

Um Exemplo Para as Novas Gerações

É triste pensar como essas figuras públicas que deveriam ser um exemplo, não param para considerar a dor que podem estar causando, especialmente àqueles que sempre os idolatraram. Eles têm o poder de influenciar milhões de seguidores e, mesmo assim, escolhem atacar. “Dane-se, eu falo o que quero. Não aguenta, vai comentar jogo de peteca”, parece ser a mentalidade.

Ter ídolos no futebol está cada vez mais difícil. Com tudo isso acontecendo, a crença em gnomos, fadas e outros seres mágicos parece mais plausível do que achar um verdadeiro herói no campo.


E então, o que você acha disso? Vamos continuar essa conversa!

Fonte: UOL - Marcos, Neymar e cia: como é difícil ter ídolos no futebol

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