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·Fernando del Cantão·

Entre Glórias e Dívidas: A Saga de John Textor no Comando do Botafogo

Uma Chegada Arrasadora

Em 2022, John Textor aterrissou no Brasil e teve um início de conto de fadas. Com um investimento de R$ 400 milhões, ele se tornou o dono do Botafogo, e rapidamente conquistou os corações da torcida carioca ao levantar as taças do Campeonato Brasileiro e da Libertadores. Mas essa trajetória de sucesso veio recheada de desafios, especialmente quando lembramos da sua experiência traumática em 2012, quando a Digital Domain, uma das maiores empresas de efeitos especiais de Hollywood, faliu sob sua liderança.

A Armadura de Textor

“Vivi momentos muito humilhantes, mas eu sabia que havia construído algo sólido. Isso me deu uma armadura”, declarou Textor ao UOL. Além de ser o manda-chuva do Botafogo, ele também é proprietário do Lyon na França e do RWD Molenbeek na Bélgica. Mas, acredite, ele vai precisar dessa armadura mais do que nunca!

Tempestade Após a Glória

Se em 2024 ele sorriu nas vitórias, agora enfrenta uma fase conturbada. O Botafogo caiu de produção e foi eliminado da Copa do Brasil e da Libertadores. No Brasileiro, a luta é para garantir uma vaga no G4, longe do título.

Mas os problemas não param por aí: uma batalha jurídica se arrasta com os acionistas da Eagle, sua empresa que controla os clubes de futebol. Eles acusam Textor de tentar trazer novos sócios para diluir o controle da Eagle sobre o Botafogo e de ter feito negócios questionáveis que comprometem as receitas futuras da equipe.

Desde maio, Textor já não decide tudo na Eagle, que agora conta com um diretor independente, e recentemente houve a saída de Christopher Mallon desse cargo. Fontes ligadas às operações garantem que a saída de Mallon não tem a ver com os conflitos, mas motivos pessoais. Quem será o novo diretor? A escolha ficará nas mãos de Textor.

Um Plano que Mudou

Textor afirmou que configurou uma empresa nas Ilhas Cayman com a ideia de abrir capital na Bolsa de Valores de Nova York. "Eu estava usando essa empresa para tentar levantar grana para o Botafogo, mas parece que a galera não entendeu o que eu estava fazendo", disse ele.

Infelizmente, a esperada abertura de capital da Eagle, que poderia trazer mais de R$ 5 bilhões, não rolou. Um mês atrás, Textor desfez todas as operações com a empresa nas Ilhas Cayman e chegou a um acordo para encerrar as disputas jurídicas, mas a permanência do Botafogo na Eagle continua em dúvida devido a um prejuízo de R$ 300 milhões.

Reflexões e Aprendizados

Com tudo isso pesado nos ombros, Textor revisita o que passou em 2012. A falência da Digital Domain foi um impacto brutal e levou Textor a se jogar no futebol. Em 2005, ele começou uma academia para jovens na Flórida, e isso plantou a semente do seu amor pelo esporte e pelo Brasil. Quando recebeu uma mensagem de dois brasileiros desconhecidos em 2021, não hesitou em investir no Botafogo.

Lembranças e Emoções

Marchando para 2022, Textor comprou 90% das ações da SAF Botafogo, e com isso, ele começou a compreender a importância emocional que o clube tinha, especialmente após uma vitória contra o Fortaleza que o fez chorar ainda em campo. "Aquele momento foi especial para mim. Foi quando percebi que isso era muito mais do que apenas um negócio."

O Dia a Dia no Botafogo

Os colaboradores do Botafogo brincam que, se você quer encontrar Textor, é na sala de scouting, analisando dados para descobrir talentos. Ele trouxe ao clube nomes importantes e criou o que chama de "pathway" — um sistema para desenvolver e circular atletas entre os clubes da sua rede, tudo fundamentado em análises e estatísticas.

“Ter uma rede torna tudo mais claro. Se uma pessoa de um clube fala que um jogador é bom, e outro de outra liga concorda, é difícil estar errado”, explica.

Conflitos e Conciliações

No entanto, a pressão é imensa. Após um derretimento no Campeonato Brasileiro de 2023, no qual o Botafogo perdeu uma vantagem de 13 pontos, Textor se viu em polêmicas ao acusar manipulações de resultados, e acabou processado. A situação foi contornada com um acordo que encerrou seu processo na Justiça Desportiva.

Falando sobre a pressão no clube, ele explicou a dificuldades em encontrar um novo treinador após a saída repentina de Artur Jorge, campeão da Libertadores. E não pense que foi fácil conseguir um substituto: "Ninguém queria assumir a posição", revela Textor.

O Futuro

A questão agora é: qual será o futuro de Textor no Botafogo? "Eu sempre falei que queria estar aqui até o fim, mas, vamos ser sinceros, alguns torcedores podem querer minha cabeça se eu não vencer a Libertadores todo ano (risos)!", brincou.

A incerteza está no ar, mas a resiliência de Textor o mantém firme dos desafios à frente do Botafogo. O que vem a seguir? Só o tempo dirá!


E aí, galera? O que vocês acham dessa montanha-russa que é a vida de John Textor no Botafogo? Vamos ficar de olho nas próximas cenas!

Fonte: UOL - Entre glórias e dívidas, John Textor vive saga no comando do Botafogo

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