Defesa de Andrés Acha Denúncia do MP Excessiva por Uso de Cartão Corporativo

Na última quarta-feira, a defesa do ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, comentou a denúncia feita pelo Ministério Público de São Paulo. O MP alegou que Andrés fez gastos indevidos com cartões corporativos do clube entre agosto de 2018 e dezembro de 2020.

A Palavra do Advogado

Fernando José da Costa, advogado de Andrés, não segurou as palavras e considerou a denúncia “excessiva”. Ele reforçou a inocência do ex-presidente, que, há pouco tempo, ressarciu o Corinthians em R$ 15 mil por despesas de viagens feitas para Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte, e Fernando de Noronha.

A nota da defesa disse o seguinte:

"Fomos surpreendidos com a denúncia que foi apresentada de forma isolada, sem estar anexa ao procedimento que já estávamos acompanhando. Só soubemos do que se tratava após uma coletiva do promotor, que apresentou a denúncia sobre supostos crimes de apropriação indébita, crimes tributários e lavagem de capitais. Queremos destacar que a peça acusatória é ineficaz e que o alegado excesso vai ficar claro ao longo do processo, que agora está sob a batuta do Poder Judiciário imparcial.”

Os Crimes Denunciados

O MP de São Paulo acusou Andrés Sanchez de três tipos de crimes:

• Apropriação indébita agravada continuada
• Lavagem de dinheiro
• Falsidade de documento tributário

Além disso, o órgão pede que o ex-presidente devolva ao clube, com correção monetária, os gastos feitos com os cartões corporativos entre agosto de 2018 e dezembro de 2020. O valor total chega a R$ 480 mil, sendo que a maior parte desse montante ficou sob responsabilidade de Andrés e uma parte menor sob Roberto Gavioli, gerente financeiro na época.

Sanchez e Gavioli também teriam que arcar com mais 75% desse valor, o que dá R$ 360 mil para cada um, por danos morais e materiais causados ao Corinthians.

Os Gastos em Questão

De acordo com o MP-SP, a análise das faturas de cartão de crédito mostrou que Andrés gastou cerca de R$ 9 mil em Tibau do Sul, que é conhecida pela famosa praia de Pipa. Além disso, foram registrados mais de R$ 6 mil gastos em Fernando de Noronha, em janeiro de 2020.

Contudo, Cássio Roberto Conserino trouxe à tona que as despesas registradas com os cartões corporativos durante essas viagens para o Nordeste totalizaram cerca de R$ 33.793,92.

Entre os gastos que chamaram a atenção da promotoria, também estão mais de R$ 5 mil em compras de dois relógios na joalheria de luxo HStern. Embora o cartão usado fosse do Corinthians, a nota fiscal estava em nome do ex-presidente. Além disso, compras em lojas de roupas, como Brooksfield, não passaram despercebidas.

E aí, o que você acha de toda essa história? Vamos acompanhar!