
'Prometer um caminho à Europa': Textor e o Segredo dos Olheiros do Botafogo
O futebol pode até não ser o esporte mais popular nos Estados Unidos, mas quem pensa que John Textor, o cara que comanda o Botafogo, fica só na parte de gestão e finanças está muito enganado!
A Proximidade com o Futebol
Textor é bem mais do que apenas um "chefe" por aqui. Ele fala sobre como, às vezes, ele mesmo tem que entrar na jogada e recrutar jogadores. "Tem horas que nem escolho, mas o importante é que eu ligo para a família do atleta, vou lá na Espanha e sento na cozinha do Luiz Henrique, ou conheço a noiva do Thiago Almada. Essas conexões são cruciais, e muitos donos já esqueceram disso", revela.
Entrevista Exclusiva com o UOL
Num perfil que saiu no UOL Prime, vice-papearam sobre o quanto ele mergulha na escolha e contratação de novos talentos para o Fogão. "O Doug Friedman, diretor esportivo do Crystal Palace, me motivou para conversar com alguns nomes. Foi assim que tudo começou", conta. Essa conversa levou às contratações do olheiro-chefe Alessandro Brito e do ex-diretor de futebol André Mazzuco, que já saiu da equipe.
Esses três são os responsáveis por dar uma nova cara ao departamento de observação e recrutamento do Botafogo.
Olheiros e o Olhar Diferente
Alessandro Brito é quem observa os jogadores em ação. Ele consegue perceber detalhes, como um primeiro toque bem dado ou a postura do jogador em campo. Já o que Textor faz, segundo ele mesmo, é olhar mais para os números. "Para mim, o que importa é a agilidade: quem recebe e distribui a bola mais rápido, e com certeza nos chutes. Então, talvez Brito olhe com os olhos e eu com a matemática. Esses dois mundos se juntam — e o mestre do tempo muitas vezes acaba sendo o melhor meio-campista.", afirma.
A Rede de Avaliação
Textor montou uma rede de observadores do futebol que se estende por vários clubes com os quais ele está associado: Lyon, RWDM da Bélgica, Florida dos EUA, e o Crystal Palace, que agora não faz mais parte do seu portfólio. Ele justifica: "O jogador pode ser bom no Brasil, mas será que tem o mesmo desempenho em outros países? Se todos gostam do jogador em diferentes partes do mundo, tem algo certo ali!".
Por Que Ele Ama Esse Ecossistema?
Textor é bem claro sobre por que ele valoriza sua estrutura na Eagle, sua empresa. Estar conectado a essa rede de olheiros é uma das grandes vantagens. E tem mais: "Meu objetivo é que a Eagle mantenha essa união, porque essa rede entre clubes funcionou muito bem para o Botafogo. Queremos ganhar um campeonato e, ao mesmo tempo, oferecer a chance de um futuro na Europa para jogadores como Thiago Almada, Lucas Perri, Luiz Henrique e Adryelson. É por isso que valorizo tanto esse ecossistema da Eagle."
Então, fica a dica: futebol é conexão, e Textor tá fazendo o possível para que o Botafogo volte a brilhar com talentos de todos os cantos do mundo!
Fonte: UOL - 'Prometer um caminho à Europa': Textor e o segredo dos olheiros do Botafogo