Desabafo de Leonardo Jardim: O Auto-boicote do Futebol Brasileiro

A Chegada de Jardim ao Brasil

Em fevereiro, o técnico Leonardo Jardim desembarcou no Brasil para assumir o comando do Cruzeiro, após recusar algumas propostas antes. E deixa eu te contar, o trabalho dele está incrível! Ele elevou o nível do time, que tem um elenco forte o suficiente para brigar pelo título contra gigantes como Palmeiras e Flamengo.

Embora Jardim tenha se adaptado ao nosso futebol, ele não está há tanto tempo por aqui para já ter absorvido nossas idiossincrasias – e, pelo visto, essa é uma das preocupações dele.

Desabafo após o jogo contra o Palmeiras

Depois da partida contra o Palmeiras, que teve uma pitada de polêmica pela atuação da arbitragem, Jardim soltou um desabafo que deixou muita gente pensando. O árbitro Rafael Klein foi criticado pelo desempenho, que prejudicou o Cruzeiro.

O treinador compartilhou uma conversa com Gabriel, um dos jogadores, sobre se o Brasil estava no topo de suas experiências internacionais. E a resposta foi um sonoro "não". Para Jardim, enquanto o futebol brasileiro continuar sendo gerido por pessoas que não estão à altura, não tem como o Brasil entrar no "top 5" mundial. Ele comentou:

“Enquanto um grupo de profissionais tiver sendo gerido ou arbitrados dentro do campo com um conjunto de amadores, não vamos entrar no top 5.”

Além disso, ele revelou sua frustração ao perceber que o controle do jogo está nas mãos dos árbitros e se questionou se deveria continuar por aqui, mesmo reconhecendo o potencial do campeonato.

Erros de Arbitragem e a Frustração de Jardim

O que aconteceu durante a partida foi um verdadeiro exemplo da confusão que permeia nossos campos. Para começar, o árbitro Rafael Klein não aplicou um amarelo para Gustavo Gomez após uma falta que, pelo regulamento da FIFA, exigiria um cartão vermelho. Klein justificou seu erro dizendo que Gomez não teve tempo de "tirar o pé".

Mas vamos ser sinceros, essa justificativa não faz sentido. O juiz precisava avaliar a intensidade do lance, e não se o jogador teve a chance de evitar a falta.

Teve também a expulsão de Fabrício Bruno, que levantou um debate se ele realmente cometeu falta. A verdade é que, pelo replay, não dá para saber quem errou. Jardim mencionou esse lance, mas apesar da dúvida, não dá para crucificar o árbitro, né?

Um Jogo Insuportável

Klein teve uma atuação cheia de erros, marcando um total de 40 faltas na partida – 40! O jogo em si nem estava tão violento, mas o juiz parecia disposto a apitar a cada toque, tornando tudo insuportável. E o pior: esse cara ainda é escalado para as principais partidas. Como assim? Isso só mostra que a comissão de arbitragem está confortável com esse estilo.

Jardim também fez questão de falar sobre o estado do campo e o calendário. Ele destacou como os jogadores têm pouco espaço para opinar sobre esses assuntos urgentes. Curiosamente, esses tópicos raramente aparecem nas conversas das ligas, que estão mais preocupadas com acordos comerciais do que com as reais necessidades do futebol.

O Que Vem a Seguir?

Após o desabafo de Jardim, o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, apoiou sua crítica. Mas como tudo nesse mundo é complicado, ele também tirou um pouco da responsabilidade dos erros que ocorreram a favor de seu time. Parece que Abel tenta controlar a narrativa em favor do Palmeiras, mas acaba ignorando a frustração genuína de Jardim.

Agora, fica a pergunta: será que o técnico do Cruzeiro vai insistir aqui no Brasil na espera de um futuro melhor ou vai adotar o velho hábito de se aproveitar das problemáticas do futebol para tirar uma vantagem?

Estamos de olho!