Robinho Fala Sobre a Vida na Prisão e Rotina: 'Igual aos Outros'

Um Olhar Sobre a Rotina na P2 de Tremembé

Desde março de 2024, Robinho está cumprindo pena na P2 de Tremembé, uma penitenciária em São Paulo. Numa conversa descontraída que rolou em um vídeo divulgado pelo Conselho da Comunidade de Taubaté, o ex-jogador abriu o jogo sobre como tem sido seus dias na cadeia.

"Minha alimentação, o horário que eu durmo, é tudo igual a todos os outros reeducandos. Nunca comi uma comida diferente, nunca tive um tratamento especial. Faço tudo o que os outros têm a chance de fazer, como trabalhar, ler um livro e, quando dá, rolar aquela peladinha no futebol, mas só se não tiver expediente no domingo." – Robinho

Sem Lideranças, Só Regras

Ele também afirmou que não é líder dentro da prisão e que a palavra final é sempre dos guardas:

"Aqui, quem manda são os guardas e nós, reeducandos, só obedecemos."

Robinho contou que a P2 é uma unidade prisional onde muitos gostariam de estar, já que não rola facção criminosa nem opressões. O foco ali é reabilitar e ressocializar as pessoas que erraram.

"Nunca tive problemas com os guardas ou com nenhum detento. Nas prisões, a gente não tem espaço para discussões. Todos são tratados igual, e não sou diferente por ter sido jogador." – Robinho

A P2 de Tremembé é famosa por abrigar figuras da mídia que estão atrás das grades por crimes que chocaram a sociedade. Nomes como Alexandre Nardoni, Suzane von Richthofen, e Edinho, filho do Pelé, já passaram por lá.

Visitas da Família e Falsas Informações

Robinho também comentou sobre as visitas de sua família, que acontecem aos sábados e domingos. Seu filho, Robinho Jr., de 17 anos, seguiu os passos do pai e atualmente joga pelo Santos.

"As visitas são normais, sem regalias. Minha esposa vem, e às vezes traz meus filhos. O que rola é igual para todo mundo. As histórias que saem por aí, de que sou uma liderança ou que tenho problemas psicológicos, não são verdade." – Robinho

A Condenação que Mudou Tudo

Por trás de toda essa história, Robinho carrega uma condenação de nove anos de prisão pela Justiça italiana, resultado de um caso de estupro coletivo em Milão, ocorrida em 2013, quando o ex-atacante estava jogando pelo Milan. A decisão, que foi tomada em janeiro de 2022, resultou em um pedido de extradição ao Brasil, que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acabou homologando em março de 2024. Isso fez com que ele tivesse que cumprir a pena aqui.

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