Por que Samuel Lino custou quase R$ 200 milhões para o Flamengo

Você já ouviu falar do investimento astronômico que o Flamengo fez na contratação do atacante Samuel Lino? Pois é, os números são de impressionar: a última atualização das finanças do clube mostrou que o total dessa contratação ficou em R$ 195,1 milhões (cerca de 31 milhões de euros). Mas o que aconteceu aqui? O Flamengo tinha fechado essa negociação com o Atlético de Madrid por 22 milhões de euros mais bônus, então por que o valor final pulou tanto? Vamos entender!

Os gastos que somaram a conta

O que faz essa conta subir tanto? É uma combinação de custos adicionais, como:

• Intermediação: Comissões dos empresários, que somaram R$ 11,9 milhões, equivalente a cerca de 6% do total da negociação.
• Luvas e impostos: Impostos que giram entre 21% e 22% para transações internacionais.

Se tirarmos tudo isso da jogada, o custo só pelos direitos federativos do Lino seria em torno de 24 milhões de euros. Além disso, ainda tem as luvas pagas ao jogador, mas o valor exato disso não foi revelado.

O Flamengo explicou de forma bem clara numa de suas publicações que muitas vezes os valores divulgados na mídia não consideram esses custos extras. Por exemplo, ao trazer um jogador do exterior, os impostos que aparecem acabam somando mais de 20% ao custo da transação, além das comissões que podem aumentar ou diminuir o que foi inicialmente anunciado.

Casos semelhantes no mercado

Seguindo essa linha de raciocínio, outros jogadores também apresentam uma situação parecida. Vamos dar uma olhada em dois deles:

• Carrascal: Custo total foi de R$ 107 milhões (17,2 milhões de euros). Porém, se excluirmos os custos de intermediação e impostos, o valor real fica em 12 milhões de euros, conforme o combinado com o CSKA.

• Emerson Royal: O total da transação chegou a R$ 78,6 milhões (12,6 milhões de euros). Retirando as intermediações e impostos, o custo efetivo ficou em 9,4 milhões de euros, bem próximo do que foi anunciado com o Milan.

Um jeito diferente de contabilizar

É bom saber que cada clube tem sua própria forma de contabilizar essas transações. Alguns times, por exemplo, acabam incluindo as luvas nos custos de salários ou direitos de imagem, fazendo parecer que gastaram menos nas contratações, mas na verdade isso pode aumentar a folha de pagamento.

No caso do Flamengo, eles optaram por contabilizar as vendas de uma maneira mais direta, considerando os valores líquidos, sem intermediações. No final das contas, isso significa que o clube investiu mais do que recebeu em transferências: foram R$ 599,3 milhões em contratações e uma receita de R$ 510,9 milhões.

E aí, o que você acha dessa diferença toda? É, o futebol não é só paixão e emoção, é também uma verdadeira matemática!