Skatista x Tenista: Bilionários do Botafogo e PSG em Conflito Histórico

O Encontro de Dois Ex-Atletas

Olha só a história! O destino de Nasser Al-Khelaifi e John Textor, os chefões bilionários do Botafogo e PSG, poderia ter sido bem diferente se eles tivessem seguido suas paixões na juventude. O catariano sonhava em ser tenista, enquanto o norte-americano tinha a pretensão de se tornar skatista.

Al-Khelaifi, mandando no PSG, quase alcançou o sonho de ser um tenista de verdade. Ele parou aos 29 anos, quando atingiu a posição 998 no ranking da ATP. Já Textor, que agora é dono da SAF do Botafogo, não foi tão longe: teve que deixar o skate de lado depois de um acidente sério e decidiu ir para a universidade.

A Grande Partida

Nesta quinta-feira, às 22h (horário de Brasília), os caminhos desses dois ex-atletas se cruzam novamente na segunda rodada do Mundial de Clubes. O confronto é entre o campeão da Libertadores, que é o Botafogo, e o recém-coroado vencedor da Champions League, o PSG. O jogo vale muito: quem ganhar assume a liderança do grupo B, já que ambos conseguiram vencer na estreia. O PSG estourou a boca do balão ao vencer o Atlético de Madrid por 4 a 0, enquanto o Botafogo fez sua mágica e superou o Seattle Sounders por 2 a 1.

Além de garantir três pontos, essa partida é como uma cerimônia de validação das últimas conquistas de cada clube, que são as mais importantes da história deles. Para o Botafogo, será a primeira vez que enfrentará um time europeu como campeão da América; e para o PSG, será a estreia contra um sul-americano após conquistar a Champions.

Tensão que Virou Amizade

Mas essa partida não é só um confronto esportivo. Al-Khelaifi e Textor também tiveram um histórico tenso. Em julho do ano passado, durante uma reunião sobre direitos de transmissão do Campeonato Francês, a discussão entre eles esquentou. Textor, que também é dono do Lyon, chamou Al-Khelaifi de "tirano" em gravações que foram divulgadas pelo jornal L'Équipe. Em resposta, o catariano disparou: "John, John, John... cala a boca, você não entende nada. Você é um caubói que veio não sei de onde e vem falar com a gente".

Depois disso, o clima ficou ainda mais tenso quando, meses após o bate-boca, Textor entrou em campo com um chapéu numa provocação ao rival. E em abril deste ano, comentou sobre o grupo do Botafogo no Mundial, alfinetando novamente: "Vamos enfrentar um time pequeno de Paris e um grande e histórico, o Atlético de Madrid, além do Seattle Sounders".

Mas olha que interessante: nas últimas semanas, a tensão entre eles deu lugar a uma cordialidade. Al-Khelaifi até convidou Textor para assistir ao jogo do PSG contra o Arsenal, na semifinal da Champions League. Textor, com bom humor, brincou: "Deixei o chapéu em Lyon, esta noite torço pela França".

O Desafio Épico

Independentemente da rivalidade, esses dois bilionários têm papéis cruciais na história dos clubes. Depois de desistirem de suas carreiras como atletas, Al-Khelaifi e Textor chegaram ao PSG e Botafogo com desafios que pareciam impossíveis: conquistar a Champions e a Libertadores.

O caminho do PSG foi uma montanha-russa repleta de frustrações. Desde que o fundo de investimentos QSI comprou o clube em 2011, a equipe passou por várias decepções, como a famosa "remontada" contra o Barcelona em 2017, a derrota para o Bayern na final de 2020 e o colapso do ataque estrelado por Neymar, Messi e Mbappé.

Por outro lado, a decepção do Botafogo durou apenas uma temporada: em 2023, o clube estava voando para um título tranquilo no Brasileirão, mas acabou despencando para o quinto lugar nas últimas rodadas. No ano seguinte, porém, veio a redenção com uma dobradinha de Brasileirão e Libertadores, marcando a temporada mais importante da história do clube.

Quando Al-Khelaifi e Textor se encontrarem nesta quinta-feira, nas arquibancadas do famoso Rose Bowl, em Pasadena, na Califórnia, o aperto de mãos entre esses dois não será só uma formalidade de bilionários. Será a representação de como, por meio de habilidades e superações, o skatista e o tenista chegaram onde sempre sonharam.

Prepare-se por que a emoção dessa partida promete ser épica!