FIFA se estabelece na Trump Tower e reforça laços com o presidente dos EUA

A FIFA, aquela que manda no futebol mundial, acaba de abrir as portas de seu novo escritório em Nova York, bem no coração da Trump Tower, um dos endereços mais icônicos dos Estados Unidos. Essa nova fase da entidade, sob a liderança do ítalo-suíço Gianni Infantino, mostra que os tempos estão mudando, com uma estratégia semelhante à do brasileiro João Havelange, que também buscou expansão internacional, misturando esportes e política.

Amizade com Trump: um movimento estratégico

Neste cenário global, parece que Infantino resolveu que é bem mais inteligente ser amigo de Donald Trump do que ser seu inimigo. Afinal, ninguém deseja acordar um dia e descobrir que o presidente dos EUA decidiu boicotar o “soccer”, o que poderia colocar em risco a participação de torcedores que são imigrantes. A boa relação entre eles ajudou a remover potenciais problemas, como a deportação de fãs sem documentos que iam aos estádios. Além disso, rolou uma flexibilização na fiscalização durante os jogos da Copa do Mundo de Clubes.

Um local de luxo e algumas histórias curiosas

A Trump Tower fica no número 725 da Quinta Avenida, em Manhattan, e é um dos pontos mais luxuosos do planeta. Curiosamente, foi lá que o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, cumpriu sua prisão domiciliar a partir de 2015. O apartamento onde ele ficou está avaliado em nada menos que US$ 3 milhões (cerca de R$ 16,6 milhões na cotação atual).

Mudança de estratégia da FIFA

Você sabia que a FIFA foi fundada em Paris em 1904? E que em 1932 ela se mudou para Zurique, na Suíça, para ficar mais longe de conflitos? Agora, a história é outra: a FIFA decidiu fincar bandeira nos Estados Unidos. Em 2023, a entidade abriu um escritório em Miami e trouxe um pedaço do seu departamento jurídico para lá. E justo no oitavo dia da Copa do Mundo de Clubes, rolaram ataques dos Estados Unidos ao Irã.

Trump declarou que o país não estava em guerra, mas no dia seguinte anunciou um cessar-fogo entre Israel e Irã e se despediu do que chamou de “Guerra dos 12 Dias”. O que ninguém esperava era a falta de uma coletiva de imprensa de Infantino, que ficou meio sumido em meio a tantas treta. Afinal, a FIFA tinha algo a dizer sobre ter um evento grandioso no meio de uma tensão internacional?

Os iranianos garantiram suas vagas na Copa do Mundo de 2026, e enquanto atletas e suas famílias conseguem entrar nos EUA, os torcedores ficam de fora.

Inauguração na Trump Tower com rostos famosos

Duas semanas após o ataque, a FIFA não só ignorou o episódio, como também celebrou a abertura do novo escritório na Trump Tower. Entre os presentes estavam o lendário Ronaldo, o Fenômeno, e Eric Trump, filho do presidente. Durante a inauguração, Infantino comentou:

"A FIFA é uma organização global e, para isso, precisa ser local. Temos que estar em Nova York não apenas para a Copa do Mundo de Clubes e a Copa do Mundo, mas também na localização dos nossos escritórios."

Ele também agradeceu a Trump:

"Hoje estamos abrindo um escritório da FIFA aqui na Trump Tower. Obrigado ao presidente Trump, que é um grande fã de futebol. Recebemos um grande apoio do governo e do presidente para os nossos eventos."

Fontes internas da FIFA ressaltam que estar bem com Trump é preferível do que estar em conflito. Durante a Copa do Mundo de Clubes, surgiram discussões sobre algumas questões específicas do evento, como as paradas obrigatórias por raios durante tempestades, que continuam firmes na legislação federal. E ao que tudo indica, a FIFA tá de boas com sua relação com os Estados Unidos.

Dessa forma, é interessante ver como a FIFA está se adaptando e buscando novas parcerias, sempre com um olho no futuro do futebol e nas dinâmicas que permeiam esse esporte que amamos!